Foto: Stephan Solon/Via Funchal (divulgação)
Com meia hora de de atraso, o lendário guitarrista apareceu no palco da Via Funchal em São Paulo, com seu habitual figurino, vestindo uma camisa vermelha com detalhes prateados e seu cap de marinheiro.
Berry deu iniciou ao show com "Roll Over Beethoven" sendo recebido com muito clamor pela platéia que compareceu para ver a volta do "Pai do Rock" à capital paulista. O show prosseguiu com Berry tocando outros clássicos (se é que se pode dizer outra coisa), tais como “Scholl Days”, “My Ding a Ling”, “Carol” e “Maybelane”, executadas com uma cadencia bastante sutil mas que não comprometeu a qualidade de suas músicas.
O público, bastante variado, com senhores engravatados e garotos com idade para serem netos ou bisnetos do cantor se entusiasmavam. A cada canção a platéia batia palmas, como se quisesse "ditar" o ritmo das músicas, o que parecia empolgar o "velho" roqueiro. Chuck Berry mostrava-se muito á vontade no palco e como retribuição ao carinho dos fãs perguntou ao público "se estavam todos felizes" e se queriam ouvir “Jhonny B. Good”, que foi tocada com a guitarra Fender de seu filho, Charles Berry Jr., e com direito ao famoso "Dulk Walk", para o delírio de todos.
Como costuma fazer, Chuck Berry convidou algumas moças da platéia para dançarem no palco e minutos depois despediu-se da platéia caminhando lentamente para atrás das cortinas enquanto ainda tocava sua guitarra. Era o fim da festa.
Foram apenas 55 minutos de show que deixaram os quase 3000 fãs presentes extasiados simplesmente por terem visto ao vivo a maior lenda viva do Rock N Roll. Prestes a completar 83 anos em outubro, Chuck Berry prova que não há tempo e nem limites para se fazer aquilo que gosta. Com sua idade e com os louros colhidos em mais de 50 anos de carreira, Berry poderia muito bem curtir uma bela aposentadoria, mas ele prefere continuar mostrando ao mundo como se faz o mais puro Rock N Roll, sem frescuras, sem firulas.
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